Medir pra quê? – Parte 2
Como prometido, voltamos com esta segunda parte do artigo Medir pra quê? (não leu a Parte 1? Então clique aqui!), para mostrar o caminho proposto pela scrum.org a EBM (Evidence-Based Management) que propõe analisar métricas e indicadores em 4 áreas de valor (KVAs) com o objetivo de:
“valorizar a transparência, inspeção e adaptação a partir de métricas para esclarecer a capacidade de uma organização e suas práticas de entrega de produtos. Melhoria contínua não é uma opção, é a base do Agile, ciclos consistentes de construção, aprendizado, melhoria.”
Vamos lá?
1) Current Value (CV)
Mede o valor entregue aos usuários no presente momento e não no valor que poderia existir no futuro.
– Customer Satisfaction: Avaliação ou análise de sentimento da satisfação do cliente sobre o produto e suas funcionalidades.
Quão felizes são os usuários e clientes hoje? A felicidade deles está melhorando ou diminuindo?
Uma ideia bem simples de como conseguir esses números e conseguir de fato medir isso é colocando no seu sistema uma régua simples de satisfação para que o usuário consiga avaliar se teu produto está atendendo suas necessidades.
– Customer Usage Index: Mostrar quais são as funcionalidades que estão agregando valor real. Qual é o índice de utilização do meu cliente hoje?
Existe diversas ferramentas que podem auxiliar para entender a usabilidade da sua aplicação, como o Google Analytics, que consegue te apontar as partes que são mais utilizadas e as que possuem uma taxa alta de rejeição, entre outros.
2) Ability to Innovate (A2I)
Qual é a capacidade que sua empresa tem em gerar inovação? Muitas organizações ainda acreditam que inovar é criar ideias completamente fora da caixa, porém inovar é muito mais do que inventar, ou descobrir alguma coisa. É colocar ideias novas no mercado que solucionem problemas em uso. É a entrega de valor adicional ao mercado.
– Innovation rate: Qual o percentual do orçamento é investido em inovação? Aqui é só analisar o backlog do seu produto e, por exemplo, se de dez itens apenas três são novos e o restante é bug ou manutenção, quer dizer que só 30% do tempo está sendo gasto com inovação.
– Defect trends: Quanto débito técnico seu produto está acumulando? É preciso olhar para os bugs e analisar se eles estão caindo, aumentando ou se mantendo estáveis. Afinal, se eu não tenho tempo para inovar porque preciso corrigir erros, provavelmente seu produto irá fracassar.
3) Unrealized Value (UV)
É um conceito muito utilizado em Marketing que tem como objetivo medir o valor que poderia ser realizado atendendo a todas as necessidades potenciais dos usuários.
Aqui sim devemos pensar em valor futuro.
– Market Share: É de suma importância entender a fatia do mercado que sua marca atinge e analisar as outras possibilidades em torno que poderia ser também alcançado.
Um jeito simples é sempre ficar de olho no que os concorrentes estão fazendo, levando em conta principalmente os produtos que ele oferece e sua marca não.
– Feature Gap: Avaliar se as funcionalidades entregues atendem à necessidade do cliente/usuário.
Uma forma de avaliar esse gap é através de feedbacks com o cliente, avaliar se a sua experiência atual com o produto é realmente a experiência desejada.
4) Time to Market (T2M)
E por último, mas não menos importante, é preciso medir a capacidade que você anda fornecendo novos recursos, serviços ou produtos ao mercado. E minimizar o tempo necessário para agregar valor.
– Cycle time: Quanto tempo demora para desenvolvermos uma funcionalidade do produto?
Essa métrica nos ajuda a medir o tempo médio que se leva para que o usuário/cliente comece a utilizar uma funcionalidade, a partir do momento que ela começou a ser desenvolvida.
Ou seja, ajuda a medir o ciclo de desenvolvimento, a partir do momento que começou a ser desenvolvido até o momento que é disponibilizado para o usuário.
– Lead time: Quanto tempo demora para transformarmos uma ideia em uma funcionalidade disponível para uso?
Essa métrica nos ajuda a calcular quanto tempo levamos para, a partir do momento que uma ideia é escrita (história de usuário), deixá-la desenvolvida e pronta para uso.
Essa métrica é muito útil quando se pretende saber, por exemplo, quanto tempo se demora para que um pedido do cliente se transforme em um produto final para uso.
Equilíbrio é tudo!
Vale lembrar que as métricas precisam ter um certo balanço. Quando falamos de custo estamos mais próximo da atividade, métricas chamada de lagging e que não atuam diretamente sobre como que minha empresa vai ganhar com tudo isso.
Já quando pensamos em número de usuários estamos falando de métricas que atuam com resultados. Receitas e benefícios para os usuários finais do meu produto, são métricas mais próximas do negócio, conhecidas como leading.
Uma coisa importante de entender é que não é possível atuar diretamente no topo da cadeia. São as atividades que vão te ajudar a conquistar o resultado que você necessita. Todas as camadas são importantes.
Transparência de ponta a ponta
No fim, medir é sobre transparência. É olhar para o desenvolvimento do seu produto e entender os pontos que estão indo bem e os que precisam de atenção. É ser adaptável e entender que sim, prioridade e backlogs muitas vezes precisam mudar. É saber no que está de fato investindo e o valor que isso trará rapidamente para o seu negócio.
A Programmer’s possui experiência, expertise e DNA ágil no desenvolvimento de produtos, implementação de novas features e modernização de aplicações. Através do Agile Experience, metodologia exclusiva da Programmer’s, entregamos valor constante ao negócio, indicando caminhos de forma interativa e incremental, possibilitando alinhamento constante dos produtos com os objetivos da empresa e acompanhando as tendências de mercado.
Com transparência de ponta a ponta, evoluímos de acordo com o feedback do cliente, que tem acesso total e é engajado por completo no desenvolvimento.
O resultado? Produtos digitais com geração rápida de valor, escopo flexível de implementação e Early ROI. Fale com um dos nossos consultores e conheça a fundo o Agile Experience e como podemos auxiliar na aceleração do seu produto digital.
E se quiser saber a trajetória da Programmer’s na adoção ágil e como disseminamos essa cultura em nossos clientes, agregando valor de negócio e trazendo resultados efetivos, escute agora o episódio do nosso podcast sobre o assunto.