Como gerir bem o negócio para promover inovação
Falar de inteligência artificial já se tornou corriqueiro diante da rápida disseminação que essa tecnologia teve no mundo corporativo. Mas, mesmo que essa discussão pareça incorporada ao dia a dia, sabemos que nem todas as companhias implementaram IA em seus sistemas. Algumas não descobriram como aproveitar o máximo que essa inovação pode oferecer, e outras somente mantém a IA no campo dos planos para o futuro.
Independente do real cenário que a IA se encontra no mercado brasileiro, ignorar essa onda pode levar à perda de competitividade. Ou seja, enfrentando caminhos mais difíceis para atingir objetivos óbvios como redução de custos, aumento da produtividade e escalabilidade dos serviços. Com a inteligência artificial, é possível reimaginar os negócios a partir do amplo leque de possibilidades que essa tecnologia tem o potencial de alavancar.
Isso significa pensar estrategicamente no curto, médio e longo prazo, imaginando como será o futuro de cada área e investir de maneira gradativa. Evoluindo os processos e a organização como um todo, preparando-a para grandes guinadas que o mercado venha a dar em cada segmento. Ou seja, investir em inovação de forma visionária, aprimorando os negócios ao longo dos anos para encarar os avanços tecnológicos significativos que cada setor promete.
Inovação a longo, médio e curto prazo
Essa visão de longo prazo faz com que as empresas estejam abertas aos progressos da tecnologia, formando seu DNA de inovação. Um estudo da Bain & Company sobre adoção de inteligência artificial, realizado com 600 companhias de diversos setores e países, revela que 85% dos entrevistados entendem essa tecnologia como prioridade nos próximos dois a quatro anos. A pesquisa também identificou que quando os colaboradores utilizam algoritmos de Large Language Models (LLMs), como o ChatGPT, por exemplo, eles podem concluir cerca de 15% de todas as tarefas de forma muito mais rápida e com o mesmo nível de qualidade.
Contudo, diante de tantos dados que comprovam as reais vantagens que a tecnologia traz para o universo corporativo, como os C-levels podem criar uma cultura de inovação para investir em IA e em várias outras ferramentas, obtendo benefícios de curto, médio e longo prazo que prepararão as organizações para se adaptarem a qualquer grande inovação do mercado?
Foco nos benefícios
O primeiro passo é o modo como o investimento é visto pelos C-levels. Eles não devem mais iniciar os projetos de inovação focando no retorno financeiro que trará ao negócio, e sim nas vantagens que trarão para a empresa.
Ideias são bem-vindas
É necessário, também, implementar o conceito do funil de inovação. Usamos esse método para analisar e selecionar as ideias inovadoras apresentadas pela equipe, escolhendo aquelas que são efetivamente viáveis. Isso nos permite direcionar recursos de maneira assertiva para obter os melhores resultados e evitar que dinheiro, tempo e capital humano sejam desperdiçados em propostas que não agregam valor ou não trarão retorno significativo para a companhia.
Time das ideias
É aconselhável designar profissionais com a expertise de triar essas ideias, maturá-las, deixá-las totalmente direcionadas ao negócio, para transformar essas ideias em projetos que podem ser testados.
Experimentar, testar, errar, tentar de novo
Faça testes! Coloque as ideias em funcionamento e, caso não deem certo, refine-as antes de implementá-las no dia a dia da operação. Portanto, tente novamente quantas vezes for necessário e sempre meça os KPIs corretos. Vale lembrar que nesta fase, contar com o auxílio de metodologias ágeis é de extrema valia, para evitar investimentos errôneos.
Engajar e capacitar a equipe
De nada adianta implementar tecnologias inovadoras nos sistemas se os colaboradores estiverem relutantes à ideia ou, até mesmo, se não souberem utilizá-las e aproveitá-las em suas totalidades. Portanto, é fundamental engajar todo o time e disseminar amplo conhecimento sobre essas inovações, destacando os diversos benefícios que trará para o serviço de cada funcionário.
Pensamento finais
O processo de tornar uma empresa inovadora começa na alta liderança ter um pensamento aberto ao novo. Mesmo que isso signifique apostar em algo intangível no curto prazo, mas que irá resultar em grandes conquistas no futuro. Iniciar a inovação focando apenas no resultado financeiro imediato já não é mais o caminho para o sucesso. Mas sim lapidar ideias na tentativa de resolver problemas de negócios, comprovando hipóteses e construindo objetivos que podem mudar ao longo do percurso.
Inicialmente, o retorno que o investimento em IA trará pode ser difícil de mensurar, mas as vantagens são inevitáveis e não embarcar nessa onda é um grande erro para o futuro dos negócios. Pautar-se apenas pelos benefícios imediatos não é a melhor estratégia. A chave é apostar nos ganhos de curto, médio e longo prazo, e adotar metodologias para inovar com certa agilidade. Dessa forma, é possível avistar o começo do retorno financeiro proporcionado pela IA, que pode surpreender ao longo de toda a jornada de construção, por ser um processo de inovação totalmente mutável e moldável.
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Diogo Leonardi é gerente financeiro na Programmers há mais de 10 anos. Ocupando papel importante na gestão estratégica, tem como objetivo principal apoiar os gestores nas tomadas de decisão através de dados e gerar valor aos negócios. Em seu tempo livre sempre tem espaço para prática de esportes variados e uma reunião com a família para apreciar um bom restaurante.